quarta-feira, 13 de março de 2019

Ando bem.

A quem interessar possa,
o tempo tem passado numa dualidade estonteante. Os dias se alongam ao infinito, mas as semanas passam como a luz. Os meses não têm pressa, mas os anos correm. O que significa que as dores vêm e vão como um raio, que por sua vez vem montado em uma tartaruga.
Não tenho tempo para nada e nunca tenho nada para fazer.
Estou sempre no ápice da juventude e nas profundezas da velhice. Estou ao mesmo tempo vivendo e morrendo.
Mas o tempo é só tempo e os anos são apenas anos. Um ano atrás parece uma eternidade no dia de ontem.
Não quero controlar nada. Recusei as rédeas do destino há muito tempo, entreguei-as nas mãos do Universo e disse-lhe "faça bom uso".
E, apesar da lentidão e rapidez inegáveis com que tudo acontece, apesar desse mar incerto de dias, 
ele tem feito.
(mar. 13th, 2019)

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