quarta-feira, 19 de abril de 2017

Acontecimentos recentes

Tenho tentado me ensinar algo que deveria ter aprendido há muito tempo:
as pessoas nunca vão nos amar tanto quanto as amamos.
Ninguém nunca vai nos amar do jeito certo.
É sempre uma descoberta dolorosa.
Voltei para casa outro dia com um pensamento que se esconde em minha cabeça há anos, só esperando para aparecer de novo:
Me sobrou muito pouco. 
Olho para meus amigos e não vejo mais a certeza que existia antes. Vejo pessoas. Vejo resquícios de um amor que é muito facilmente perdido.
E, além disso, o que mais eu tinha?
Eu mesma já não sou quem era. Tudo o que sabiam sobre mim mudou. Cor favorita, livro favorito, a comida que mais gosto.
Então ninguém me conhece.
E se ninguém te conhece, você existe?
Me resta muito pouco da glória de dias passados. 
É impressionante, no mínimo, o quão rápido as coisas mudam.
As palavras não me vêm mais tão facilmente. Porque ninguém quer ouvir. Compartilho meus pensamentos com as outras partes da minha mente. Com as outras pessoas, só me restou o silêncio para compartilhar.
Foi dito: "outra vez ao mar, amigos".
Na falta deles...
Outra vez ao mar.
(april 19th)

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